segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Vespas e Lambretas

Hoje, ao quarto dia de férias e após um tardio pequeno almoço e uma leitura clássica, agarro na pena, como o não fazia há quase um ano.
Nem sei do que escrevo nem o que escrevo, mas uma vontade inaudita de talhar texto apoderou-se de mim.
Sem arte e definitivamente sem engenho, a escrita tem sido uma boa e presente companheira, embora esquecida desde o início do ano.
Desde esse tempo tornado mais curriqueiro, mais normal.
A imaginação estagnou, o convívio desceu, a amargura por vezes ganhou e o tempo... o tempo urge.
Encontro-me tanta vez a lamentar isto e aquilo e que não tenho coisas boas, que as más que me acometem superam e enviesam as primeiras.
Agora, ao som dos pássaros, de lambretas vintage, de turistas e de pratos a entrechocarem com talheres, reparo e lembro que a vida é feita de pequenos nadas.
Entretanto uma vespa namora o resto do galão ao sol.