Percorro as ruas nocturnas da minha terra natal.
Gosto sempre de voltar quando ela está vazia, o que não acontece no Natal e em Agosto.
Gosto sempre de voltar quando o ritmo dos meus passos viola abruptamente o silvo mudo da desertificação.
Mas nesta noite fria e deserta não estou sozinho nas ruas empedradas da minha terra. Nas três ruas da minha terra.
Ela perscruta-me por todo e de todo o lado.
Sei-A a espiar-me.
Ao enésimo dobrar de esquina na rua 2 encontro o brilho morto dos seus olhos e a ponta afiada da sua foice.
Vai-me ceifar...
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