a estreia, a primeira vez, tão estranha como um cometa milenar, tão auspiciosa como um milagre, tão terrena como o mitigar da fome.
"a nossa vida é feita de pequenos nadas", disse um dia o poeta, ou o Sérgio Godinho... colou-se-me à retina, enlapou-se-me na pele, como parasita ao seu hospedeiro, sendo que aqui ambos parasitamos e ambos hospedamos, uma simbiose interesseira e curriqueira, que eleva matéria e massa, massificando crenças e vontades, sorrisos sorridentes, entre dentes e lábios.
no fim...o fim NADA conta, e o nada de novo na VIDA e na morte, porque a vida niilista emboca na morte perene, na morte viva, que se sente por quem não morre, mas por quem perdeu o seu nada, UM seu nada, indivisivel e uno, conquanto social e à mercê de quem o apanhasse
a vida é assim... ou não, a vida são nadas, e quando o nada se torna INTEIRO, então teremos vivido e não voltaremos, porque não se pode voltar aonde nada aconteceu, porque nada terá acontecido.
são estes nadas que são tudo... que nos preenchem, que nos fazem ser nós, que nos fazem sentir... que fazem da nossa vida uma VIDA!! estes nadas que se chocam e entrelaçam com tantos outros nadas e que estão constantemente a ser escolhidos e a determinar o nada seguinte. É a magia da vida... por muito determinado que o futuro esteja (pelo menos é o que nós pensamos), um simples nada pode mudar tudo!
ResponderEliminarPor isso é que, não tão poucas vezes quanto isso, eu paro, olho, respiro fundo e obrigo toda a gente que está comigo a "absorver" o momento... aquele nada que naquele momento é mais que tudo =D
Desculpa... excedi-me no comentário =P
ps. vi um filme que mostra a influência de pequenos nadas da vida.. é um bocadinho alternativo e confuso mas eu gostei ;) chama-se Mr. Nobody