É verdade que gosto de escrever. E até não é difícil.
Obedece-se à regra “usar sempre o mesmo tempo verbal” e depois basta pontuar
bem, escrever sem erros e usar, aqui e ali, uma prosaica ligeiramente em
desuso.
O problema são os títulos.
Os títulos dos textos são, na verdade, como as relações do
quotidiano. Vejamos:
O patrão é patrão, mas pode ser chefe, colega, companheiro,
mestre, empresário, CEO ou um grande cabrão;
A mãe é mãe, mas pode ser perfeita, chata, inconveniente,
inteligente, linda, démodé, ou a maior palavra que o mundo tem;
O pai é pai, mas pode ser rigoroso, brincalhão, ausente,
doce, austero, despegadão, mariquinhas, ou um grande cabrão;
O cão é um cão, mas pode ser fiel, rezingão, surdo,
brincalhão, meigo, bruto, ou o melhor amigo do homem;
O amigo é amigo, mas pode ser como a mãe, o pai e o cão, ou
o gajo\a que está sempre lá;
O\A namorado\a é a companhia de uma vida, não é nenhum dos
anteriores, pode ser ciumento\a, liberal, fútil, culto, carinhoso\a, sexual,
bruto\a, violento\a, compreensivo\a, dar bom colo, ou a pessoa que um dia muda
a tua vida para sempre.
Na verdade os títulos são adjectivos que dão e tiram, que
batem e beijam, ou uma soma nula.
Na verdade, que se fodam os títulos e Viva a República!!!
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