Ela está farta das luzes laranjas da noite. Prefere as
brancas, frias, e não estas cores quentes.
Prefere até ter apenas o luar nas noites da lua cheia. Umas
3 / 4 noites sem luz artificial nas cidades.
Nessas noites ela poderia ver as estrelas com mais clareza,
a silhueta da cidade com mais definição.
Numa noite dessas poderia até passar incógnita nas pessoas
que se evitam na penumbra. Mais, nessas noites não tinha que cumprimentar nem
ser simpática. Seria só mais uma gata parda entre parda gente.
O pior de uma noite assim era poder morrer às mãos de um
pervertido social, ou de alguma mulher que a reconhecesse.
A noite sem luzes é a noite de folga de Laurinda, a prostituta.
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